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folhasdeluar

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Há uma hora pura e verdadeira

Há uma hora pura e verdadeira
Uma hora onde o exílio partilha o silêncio da cidade
Com as conchas que sussurram no areal...


Há uma hora pura e verdadeira
Uma hora em que a noite dança com as estrelas
E as brisas sobem os largos degraus do dia...


Há uma hora pura e verdadeira
Uma hora em que partilhamos a solidão com o silêncio
Uma hora em que construímos a nossa demora
Em reconhecer que os dias são estranhos...


Há uma hora pura e verdadeira
Uma hora em que dançamos em todas as ondas
Uma hora em que os sentimentos não pesam
E respiram essa atmosfera quente
Como um bafo vindo do passado
Que nos lembra que somos restos de outros corpos
Que alimentamos as nossas magras nostalgias
Com um presente que rumoreja sobre a nossa alma
Como se vivêssemos na grande e infinita paz de uma visão
Que nos diz que hoje é dia de nascer de novo!