Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

História (de)vida.#1

Foi em fevereiro de 1921 que ela nasceu. O local era uma qualquer vila perdida no meio do vasto Alentejo. Foi à escola e fez a 4ª classe com distinção, como atestava o diploma daquela altura. Cresceu e o pai queria que ela casasse com um rapaz que ele próprio escolheu. Ela não aceitou. Ela gostava de outro rapaz.Belo, louro, de olhos azuis. Fugiram,ela engravidou e tiveram um filho. Belo, louro, de olhos azuis. Foram felizes. Mas houve um dia em que ele começou com uma tosse cava, profunda, era a tuberculose a dar o seu sinal. Não havia cura. Corria agora no ano de 1949 ela tinha ficado viúva e tinha a seu cargo um filho com 7 anos. Sozinha, não tinha forma de lhe dar a educação que ela entendia que o filho devia ter. Ela sabia que a educação e os estudos eram essenciais a quem queira singrar na vida. Pediu a uma pessoa de família que trabalhava em casa do Governador Civil do seu distrito se arranjava forma de colocar o filho na Casa Pia. E foi assim que ela veio para Lisboa. Ela não podia viver longe do filho. Mesmo assim, o filho sentiu-se abandonado. O filho nunca quis entender as razões da mãe. O filho nunca lhe perdoou o facto de ter sido enviado para uma instituição de caridade. Hoje, dos dois já nada resta., apenas estas palavras  recordam a sua história.

 

2 comentários

Comentar post