Icei a minha vela
Quisera eu ter
Um desses ternos
E celestiais momentos de verdade
Algo como uma epifania requintada e existencial
Estivesse eu sentado à mesa do espírito
E beberia com avidez do seio das flores
O néctar escorrente das almas sãs
Mas não...
Flutuo pela do margem do rio
Como uma flor aquática
Sou levado pela corrente
Perdi a minha raiz
Agarrei-me ao meu caule
Mas...tive o meu prémio...
Icei a minha vela
E agora navego em liberdade!