Igual a todos os que não têm memória
De portas cerradas como abelhas sem colmeia
Levamos a sério a vigília e o desgosto...
Comungamos o mistério do espírito
Com vinho... pão... e desespero
Berramos música primitiva...
Com olhos espantados juramos sinceridade...a quê?
Se não sabemos o que ela é
Se não sabemos para que serve
Se não nos veste este corpo de idiotas sem fórmula
Adulamos os trabalhos forçados...esforçados...
Descemos à mina primitiva..pecamos sem originalidade...
E temos pressa...muita pressa..de ir à praia...sós... apenas isso...
Lá somos garrotados..e adulados pela maré vazante
Bebemos vinhos bestiais...caímos de borco na areia
Porque dentro do vinho...latia invisível...o espírito de Baco...
Atroz...irmão...igual a todos os desesperados...
Igual a todos os que não têm memória
Igual à idade da velhice...
Bela...calma...pacífica...
Porque sem futuro!