Imemorial inverno
Sangue de eternidade
Imemorial inverno
Fio de mar enigmático
Mineral ferocidade de caminhos provisórios
Adolescência de outono
Resisto ao adejar de uma tempestade
Plantada no solstício do orvalho
Dentro das molduras nasce a fatalidade das fotos
Sob a álea farta das tílias
Cresce a sombra escusada
Joio de rosto feliz
O halo perfeito da fúria das ramadas
Nada a dizer do vazio que se cruza
Com o bafo sinistro do fim das tardes
Cabo de colina a golpear a distância inerte do verão
Sou eu...ou sou a vontade perdida de mim?
Sou a encrespada distância das vielas
Ou o dissipado segredo do absinto?
Vento e geada...folha de secura atormentada
Mão de sombra esquivada
Trilho de marfim outonal...movimento
Fogo...astro despido...punitivo anzol de seda
Excessivo cardo que se enrola no corpo das palavras
Cúpula de noite branca
Fusão de alma e vento...alicerce de vida
Que vive...
No espaço sem fim da chuva...