Impossibilidades...
Chegamos aqui como aves caídas do céu..e de repente somos céu
Somos o acaso... a impossibilidade...
E sabemos que amanhã outros céus se vão erguer do caos
E sabemos que somos complexos e que a Terra não quer saber de nós...
Quer comer-nos.
E depois...se imaginamos que os olhos vêem coisas inexplicáveis...
Perguntamos se são inexplicáveis porque é que as vemos?
E porque é que não as sabemos explicar?
E há tanta coisa há nossa roda...há tanto para sentir...
Tantos cais para embarcar...tantos amanhãs
E há os pássaros e as primaveras...
E até temos a possibilidade de fazer as lágrimas rirem da nossa ignorância...
E depois...há a sorte...o futuro que não é futuro...
O futuro que é apenas um sórdido mentiroso
Verdadeiros são os cheiros dos pomares...
E se perguntares por ti...
E não souberes responder...não perguntes
Deixa que as coisas te toquem...te maravilhem...
Como se fossem apenas partes de ti
Como se fossem nada mais que tu...
Porque és tu que te fazes existir... e as fazes existir
Porque é por ti que existe o amor...
O amor...porque é que sentimos amor?
Porque é falhamos tantas vezes no amor?
E recomeçamos...e caímos...e somos tão densos...
Mas mesmo que o anoitecer te avassale...
Te lembre da impossibilidade de teres um dia diferente
Arrebata esse dia que vem a descer de mansinho pelas estrelas
Mesmo que te pareça ser impossível que haja dia...