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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Iria contigo se me pedisses...

Por vezes aconchegam-se a mim

Memórias esculpidas em imagens que segredam outros risos

Memórias suspensas na revelação nocturna dos olhares

Peso e leveza misturam-se num bandeja cristalina

E dentro dessa bandeja habita o zénite ferido do esquecimento

Iria contigo se me pedisses...seria a eterna sombra das cidades onde habitas

Corpo suspenso...escuridão de papel...ferida imobilizada num desenho vivo

Carne incendiada por travessias de catástrofes...ternura muda...

Abandonada na esquina de uma pirâmide artificial

Sei onde guardas as feridas..sei que visões hostis se fixam na tua retina

Contemplo esse acordar para a procura de outro corpo...

De outros ossos fixos noutra pele... onde possas ser nua e terna...

Mas a luz embaciada pela névoa da solidão...levanta-se na penumbra dos umbrais

Ergue-se da mentira das ruas...como segredos intactos de um tempo de avalanches

Que te sustêm na existência sombria dos sentidos...

E que germinam em ti como a ambrósia do divino...