Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Já só nos falta viver

É pesada a carga

Que faz latejar o precioso momento da vertigem

Porque é na escuridão seca

Que se contorce o pânico da espera

E é no instante impossível

Em que as vozes ecoam como gargantas latejantes

Que ignoramos todas as coisas

Que se agitam à nossa volta

Como se o mundo já não estivesse na nossa cabeça

Como se tudo se esvaí-se numa inconsciência

Num mundo interior...numa manhã

Numa manhã onde as cores brincam

O sangue aquece... e as veias rebentam

E onde só há uma nitidez

Que se precipita sobre imagens distorcidas

Porque nos atiramos como alucinados

Para dentro de impossíveis rostos

Onde a nossa realidade é abanada

Gira sobre si própria...contorce-se

Lateja em infindáveis dias caprichosos

De olhares vítreos...informes...

Até que lentamente...as respostas surgem

Como se a lareira mais insuportável...mais inconstante

Se iluminasse numa mágica simbiose com a realidade

Com essa realidade espelhada num mar agitado

Em que cantos efémeros

Nos enchem a noite aveludada

E a vida se transforma numa tela impossível de ignorar

E lá bem dentro de nós

Sabemos...

Que já só nos falta viver...

2 comentários

Comentar post