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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Labirintos....

Andamos perdidos nos nossos subterrâneos. Precisamos sair dessa carapaça. Dessas algemas que nos tolhem a felicidade. Raramente estamos presentes no lugar onde estamos. Raramente somos nós dentro do nosso corpo. Perdidos. Em pensamentos. Em horários. Em preocupações. Perdidos dentro de mil coisas que nos desconstroem. Perdidos ignoramos a vida. Perdidos na ansiedade. Numa ansiedade que nem sabemos explicar. Uma ansiedade interior. Profunda. Manipuladora. Como uma âncora que nos amarra ao lodo que existe na nossa profundidade. Mas de onde vem essa ansiedade? Acho que vem da procura de imitar os outros. De querer possuir o mesmo que os outros. De achar que o outro por ter um grande carro, uma piscina, é muito feliz. A ansiedade aloja-se naqueles que querem imitar os outros como uma matéria pegajosa. Come-lhes a razão. A ansiedade resulta do facto de não se querer perceber que ninguém é tão absolutamente feliz só porque tem dinheiro. A ansiedade resulta do facto de não se ter coragem de ser igual a si próprio. E vivemos cristalizados nesses subterrâneos. Nesses labirintos. Nessas preocupações. Nessa ansiedade. Sem capacidade de perceber que não estamos a nossa vida. Mas que estamos a actuar num filme fictício. Um filme do qual é preciso sair. Para entrar na nossa realidade. Porque só na nossa realidade podemos encontrar a felicidade. Que nunca é completa. Que nunca é perene. Mas que pode ser de paz...connosco próprios.

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