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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Letargia...

Havia um aroma a vazio na tarde. Uma sensação apocalíptica de desperdício ...percorria os infinitos raios de luz evanescente. A palidez do céu confirmava os meus pensamentos. Estava só perante o assombroso perfil do mundo. Lembrei-me de que toda a vida é um corolário de esperas e de despedidas. Todas as gargalhadas são momentos. Todos os rumos são transtornos. Em todas as arcadas a mesma solidão. Em todos os ventos o mesmo viver dos séculos. Em todos os nevoeiros o mesmo embargar das noites. Contudo...existe a liberdade e a evasão dos pássaros. Existe o eclipse perfeito e a letargia das ondas. Existe o musgo nas paredes e a erva tombada sob o orvalho. Existes. Existo. Logo não penso....e deixo-me ficar!