Liberdade
Que venha esse deus de olhos vagos e cores transparentes. Que venha esse denso silêncio. E esse breve instante de bondade. Que venha esse céu de batalhas e delírios. E essa vaga vontade de ser claridade. Que me embalem as flores e os animais. Que não me detenha a breve lei da humanidade. E...das minhas veias transbordem acenos de saudade.
Crepuscular rochedo da angústia. Espaço. Lago. Monte. Extinção do nocturno bailado dos insectos. Harmonia de valsa taciturna. Em que o vento açoita e dissolve...a furna. Enorme é a morte suspensa na agonia. Fugaz é tudo o que dá esperança. Mas um gesto de calma...silencia. A amarga saliva na garganta. E tudo em redor é um eco profundo. E tudo em redor é terra e vida. A morte ficou para trás. Lá bem para o fundo. Resta a profundidade das marés. E as asas da alegria...refletindo-se nos meus olhos e no azul do mundo.
E a tudo isto. A toda esta verdade. Outro nome não lhe dou...chamo-lhe apenas... Liberdade!
***resposta ao repto da MJP