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folhasdeluar

Poesia e outras palavras.

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Poesia e outras palavras.

Línguas de fogo

Há dias em que as palavras são línguas de fogo. Há dias em que as palavras são artefactos mudos. E há ainda outros dias em que as palavras são novelos. São náufragos. São cadáveres embuçados com cicatrizes na face. As palavras têm uma crueldade própria. Uma solidão vazia. Um ácido corrosivo. Um cheiro a vinho. Um refinamento potássico. Umas vezes são impulsos da alma. São véus e são pequenos pulgões de tédio. As palavras acendem-se. Deitam fumo como as chaminés. Queixam-se. São gueixas calçando okobos apertados. São tímidas. Alegres. Floridas. São estrepitosas agulhas. Sentem. Sofrem. São sebes e são almas. Personagens de Dante. E vivem...na exaustão das pessoas.

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