LXV
Negro..escuro...como a memória de um fogo extinto
dorme a eternidade numa cama de palavras que se percorrem a si próprias
dentro desses olhos intactos...a água já não possui a dança salgada das imagens
é agora um simples caminho feito de leitos e sémen...
uma miragem onde o pássaro de prata polida...
caiu ferido pelo outono das estrelas do mar
e desaguou numa estrela mordida pelos nossos olhos...