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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Azul profundo

 

No nítido dia as ondas quebravam as barreiras da alma

Voz de mar a entoar serenas melodias de espuma

Gaivotas expulsavam o silêncio...

E eu...desenrolava os olhos pela magia da tarde

 

Mar...jardim cavalgado por ondas transbordantes

Imensidão selvagem...batalha coalhada no azul escuro

Tormento de rochas...fusão redonda de pétalas líquidas

 

Mar que transborda...que devasta...que desgasta..que come

Mar revestido de luzes...aceso num castiçal de sol

Mar que exalta...essa dor sem fim...de não ter princípio

Esse supor que se debruça na areia...esse navegar de alma e sede

Esse colorir de silêncios...essa beleza tão funda...tão profunda

Que nem os olhos nem a alma se saciam.. de ti