Mato a minha fome de tragédia
Mato a minha fome de tragédia
Neste teatro em ruínas
Onde assisto a uma peça sem futuro.
A comicidade dos homens
Mostra que as profundas galerias da alma
Não passam de recantos vazios de si
Desesperadamente tentamos contrariar o destino
Enquanto ele sorridente ferra o canino na nossa jugular.
Então... pacientemente desprovidos de sangue
Etiquetamos o nosso cadáver para o seu prazer
Vestidos bizarramente com as melhores roupas
Insignificantes seguimos até ao desenlace final
Pesadamente descarregados do tempo feito
De relógios parados na nossa última hora.