Mausoléu
Um cão rosna quotidianas verdades
Os dias vulgares são monstros que circulam na nossa pele
A vida arrasta a perna decepada
Absurdos homens apoiam-se em ombros absurdos
O silêncio está estampado nas paredes
O silêncio é um vidro cortante
O melhor é fazer de cada parede
Um mausoléu de insultos
E de cada noite uma pedrada no charco do sono.