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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Na manhã sussurrada pela aragem...

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Quantas plantas se lembram desses caminhos que vão dar ao cais?

Quantos vozes ficam imobilizadas no matagal da vida?

Quantos vidrinhos cintilam nos recantos dos segredos?

Vê-se mesmo que os olhares de hoje são bocejos...iguais aos de ontem

E que as histórias que o rio conta...são milenárias peles de homens sem voz

Por isso..na manhã sussurrada pela aragem...

Acordam os heróis de todos os dias...

Como uma longa memória que cresce para o mar

Afogam-se em instantes de agonia

Como fingimentos de epopeias sem oceano

Ou como recantos onde as verdades são eternas

Porque todos os dias a vida lhes dá a caneta

Para escrever os poemas que ficam esquecidos

No colorido desejo de serem homens...