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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Na orla do vazio

Também tu me embalas como quem aquece a noite

Também tu me enredas nesse afago apontado ao coração

Tu meu teorema assombrado...tu minha pele...

Tu meu medo e meu segredo.

 

Na minha orla decifro o vazio dos instantes

Nas covas da tua face decifro lendas e palavras caladas

E eu só quero aproveitar o momento

Em que os relógios se erguem...e me mostram

A limpidez do frio que sai do gelo das plantas

Para me eriçar a sede de ser...teu.

 

Sim...saltei para a escuridão e confundi a noite

Era mais um a tocar os seios nus do silêncio

Era mais um a não querer apodrecer na geometria dos dias

Era apenas mais um...a querer o que não sabia.

 

 

Deixei que uma fonte cantasse para mim

Teci inocências junto à água

E tive a sensação de tocar o absoluto....

 

 

 

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