Na pele do vento
Há na pele do vento um nada onde nasce cada instante
supremo fruto de árvore seca
veia cosida ao breve sopro da morte
poço que atrai a promessa excessiva das palavras.
Talvez seja preciso que a pele regurgite os seus demónios
que outra luz desça sobre o coral de corpos abstratos
que o mar se incline sobre a pacífica rosa
e outro espelho reze ao código brutal do esquecimento.