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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Na perna do vento

Na perna do vento

Se apoia a formidável raiz do mundo

Homem-claustro a resplandecer na sombra de si

Silêncio-música a ecoar na sua harpa interior

Caminho que se escolhe com solenidade

Brusco olho encostado à insónia

Ilusão de interior esfaqueado

Homem que se consola com o peso da raiva

Homem amortalhado na sordidez dos dias

Mas que busca no sinal dos murmúrios

A libertação das suas penumbras

Como se ele fosse uma coluna erguida

Em nome da Liberdade.

 

Ele que é sensível ao esplendor dos rostos

Que não procura o rasto de si

Porque sabe que a sua ausência

É a sua forma de estar presente

E porque possui todos os caminhos e toda a paz …

É livre!

 

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