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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Não quero abrir os olhos

Cambaleio dentro de um sonho

Não quero abrir os olhos

Não quero ver o deserto

Prefiro a tarde junto à enseada

O sal que bebo desabrochou em milhentos lugares

A névoa refloriu

Deixa que me sente junto à tua pele

Para que despertem em mim flores apaziguadas

E as minhas saudades renasçam nas estrelícias doiradas

Como uma charneca onde o mar é um desejo

E a tua casa um caminho matinal

Que eu percorro como um Adamastor do silêncio...

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