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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Não quero ser luz

Não quero ser luz

Quero ser força

Não quero ser suplício

Quero encher-me de gozos

Não quero ser o caminhante perdido

Que segue sem Oriente

Nem a luz alterada

Pela rarefação dos corpos desencontrados

 

Quero ser impaciente

Como uma febre divagante

Quero regressar ao tempo sem idade

Quero fazê-lo contar a sua história

Numa orgia caleidoscópica

 

E o corpo?

Se temos que o matar

Para que nos leve ao paraíso

Pois faça-mo-lo

Retiremos das nossas entranhas

As flores mártires

Rasguemos carnes

Estripemos a alma

Mandemos flores ao diabo

E depois...

Riremos com o entusiasmo dos cruéis

Como se fôssemos uma autoridade

Carregada de gozos

Ou como mestres na arte

De mandar palmas de flores encantadas

Aos sofrimentos

Porque o paraíso

É apenas uma subtil passagem

Na nossa divagação pela Vida!

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