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folhasdeluar

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Não resisto...durmo sobre o meu abandono...


Enquanto espero pelo próximo espectáculo...descubro vestígios de rostos extintos...


Reparo nos estertores das galáxias...vejo o abismo encantado das amendoeiras


Escorrego...escorrego pelo hálito da cidade...sou a floração da floração do excesso


Uma trança dourada pousa sobre mim...está na hora...estremeço...conheço este corredor


Nada sei das horas nem dos pesadelos...extingo-me num fogo deleitoso...subterrâneo


Cheguei ao dia dos nevoeiros...atingi a santidade sepulcral...alucino como um astro branco


Não resisto...durmo sobre o meu abandono...desfilo pelos sonhos como um sonâmbulo


Atravesso-me na estrada de algas...cheguei ao desfile dos rostos...mato a sede com loucuras


Parto os espelhos...não preciso de nada...sou um fogo branco!