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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Neblina...

A noite tombou na orla das marés

A neblina cresceu...entornou-se sobre a areia

Alguém passou...alguém sorriu...

Quem?

 

Na sala...um espantalho espreita quem chega

Na ruas explodem longos risos...cavernais

Comprei o meu espanto numa rua de saldos

O sono banha-me o lado esquerdo...nada posso fazer...

Adormeço?

 

Em frente a mim uma vidraça

Espreito-me...

 

Juro que não sei fazer mais nada do que preparar a minha morte

Afinal...a música também se acaba...

 

Pousei o meu retrato numa prateleira cheia de coisas inúteis

Foi mais uma que lá ficou...

A apanhar pó...

Mais nada!

 

É quando um homem se deita que a alma se levanta

E o sonho...é uma pedrada na letargia da noite...