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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

No ar

Já no ar baloiçam as vagas feitas de vidro

Já os meus olhos se desfazem nas dúvidas do mar

Já em mim se cruzam labirintos

Já em mim se desenha o rosáceo abismo das verdades

 

Gostaria que um sol florescesse em cada chão

Que a minha mão agarrasse a luz das pedras

E as rochas que suportam as anémonas

Se erguessem como colunas de espanto e de silêncio

 

Se para além do mundo azul das águas

O sonho ousar ser mais que areia

Se o vento ousar ser mais que carne

Então o meu lugar é feito de caminhos e de teias

A rolar...sempre a rolar...

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