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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

No gatilho das palavras

Vogando num silêncio sólido

Passo perante domínios tumulares

Lírios apagados nas páginas das pedras

Dizem-me que as noites atravessam a escrita

E que no gatilho das palavras está a vida

Nos carvalhos brilham os tons púrpura do Outono

E dos filósofos gregos erguem-se flautas de luz

Imitações de monstros...ossos contaminados

Faíscam loucuras nas flores feridas

Imito a fala de uma página aguada...dou-te a mão

E guardarei no bolso

Todos os rumores das águas e dos ventos

para depois semear no Verão

Sei que em todas as direcções sibilam ciúmes

Faíscas de textos que só a noite encontra

Omnipresentes passados falam das plumas

Que enfeitam as horas

Fingem ser dunas brancas

Ou flores desprendidas

No abandono de misteriosos campos

Espelhos enfeitados com sílabas

Nas marinhas afogam-se os corações

Perdem-se os rastos

As pétalas perdem o sentido

E apenas a noite se espelha numa cartilagem rosa

Afogueada...magnífica

Como um atravessar de alma em êxtase

Ou um nu de Modigliani

Que permanece para além da paisagem adormecida!

 

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