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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

O bafo da madrugada

Indiferente ao sono desabitado da alma

Deixei crescer os dias e pousei os olhos no parapeito da janela

Talvez ainda vá a tempo pensar em coisas importantes

Talvez ainda possa encontrar a faca que corta o mundo

E encontre aquele lugar ao vento

Que me traga o sabor do mar

E os versos de um tempo que corra...lento.

Um tempo onde eu possa descansar.

 

Posso rebentar como uma vaga de encontro à vida

E colher a flor de um sorriso submerso

Posso ser uma infinidade de seres

Mas não sei quem vem de mim

E desconheço a sombra que me acolhe

Quando abro o braços e sinto...

O bafo da madrugada

Que arrota a fel e absinto

E de mim...não sei mais nada!