O espaço dentro de mim.
Pensei que caminhava sob um profundo céu imaculado
No eco da minha voz escutava a prisão da imensidade do espaço
Estendi-me como um morto que absorve o nada
Despi-me dos meus desgostos...manchados de sangue coalhado
E todas as coisas me pareceram venenos coloridos
Vagas de marés vazias a estilhaçar no absurdo dos dias
Então entreguei-me...o gelo das minhas mãos espevitou a vida
E soube que o Inverno era uma sombra desmedida
Percorrendo o espaço dentro de mim.