O exército do desvario
Marcho no exército do desvario
Sou o paradigma do calvário.
Construí catedrais de efémeras imagens
E com palavras bestiais acovo o fim
Emboscado em máscara de fantoche.
Abomino com horror as assombrações mais esconsas.
Limpo a viscosa substância da miséria
Enojo -me com o vomitado palavroso
E personifico-me de repugnância.
Ergo um palco aos blasfemos e decadentes
Extermino as falsas maneiras cordiais
E apodo a escória de aristocracia.