O fundo do teu nome
Tu...que conheces o fundo do teu nome.
E ao entardecer falas do sono das areias
Repara que a corda onde penduras a vida
É uma gota de mármore feita de pele profunda
Repara que o vento
Entra pelas frestas amachucadas do frio
E que a noite se dispersa em mil e umas luzes
Refaz-te da caminhada
Entra na sombra amiga da luz
Deita-te a perder de vista
Só tu poderás ceifar a seara
Só os teus passos serão caos e fraternidade
Para além de ti
Há as quilhas que cantam sobre as vagas
E se despem junto ao peito despedaçado das águas
Hoje e sempre.