O industrial progresso
O industrial progresso humano pariu um desempregado
De mãos vazias cruza-se quotidianamente com a vontade de gritar
Com a vida desbotada e á beira das lágrimas
Arremessado no precipício vorático da inutilidade
É molhado pela chusma intolerante dos instalados
E é convidado a desaparecer para não incomodar
Suspira silenciosamente...
Para sossegar o seu riso amargo e estéril
Agarra-se à cauda do cometa ilusório da esperança
Enquanto sorve o coquetel penoso.