O nosso coração não é mais que uma respiração ofegante de nós!
Como um aristocrata
Desapareço debaixo da neve húmida dos teus olhos
Ouço os gritos de socorro expirados pelo meu retrato interior
Que me obrigam a comungar da sua angústia
Não posso zombar dele..uma vez que o acolho em mim
Faço cerimónia com ele...pois é o meu cicerone interior
Ofereço-lhe flores..com uma festiva indiferença...
Ou...como se ele fosse um ressuscitado...
Que eu tivesse visto na véspera de um dia sagrado
Por detrás de uma porta envidraçada e baça
Ou nos tivéssemos cruzado numa rua estreita e escura
E... entre deliciado e vacilante o meu olhar se contraísse
E ele fantástico e inebriante me encostasse à parede
E me dissesse que o nosso coração
Não é mais que uma respiração ofegante de nós!