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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

O número perfeito do amor

Guardo na memória

O teu rosto iluminado pelas horas

Que me enchem a superfície dos dias

Fixo em mim a fronteira

Que rasgará o teu rochedo em febris convulsões

Porque vago é o firmamento

Que ruge lento sobre a sombra da tua carne branca

Vaga é a névoa sublime

Que vence a Luz...que rasga o sol

Que me mostra o perfil de um espectro

Que me aparece pálido de sombras...

E cuja face não tem figura

Mas que me mostra o meu rosto sem fronteiras

Inacabado perante o espelho trabalhado

Pela febre biselada da existência.

 

Que nomes se criam

Para as obras cuja luz incendeia a eternidade?

Que febris corpos se acendem

Na misteriosa soma das horas?

Que verdades nos atravessam os lábios

Que cismam com versos silenciosos

Que somas nos faltam

Para alcançar o número perfeito do amor?

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