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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

O peso dos beijos

Piso irrespiráveis espaços

Ardendo por dentro das palavras

Volume vazio de dias

Oferecidos aos corpos angustiados

Existir é saber que todos os sonhos

São caminhos feitos de paisagens ilusórias

Que toda a felicidade é uma amante

Procurando a imperfeição das tardes,

 

Caminho na direcção

De um sonho vazio construido com ventos

Guardo esse sonho

No canto de uma vaga gaveta

Onde a sombra o faz brilhar.

 

Olho para as ruas na hora de ponta

Vejo diluir-se a incerteza nos relógios

Cada um ensaia um passo de ballet

Cada um é pintura de falsa de Degas

E as horas de ponta são o seu palco.

 

Olhos hirtos..passos suaves

Sombrias poses coladas a uma dança etérea

Amas os dias em que os lábios se esforçam

Por encher a luz de palavras

Amas os dias em que és a própria luz

Que emana dos teus lábio

Lábios de marés...saibro de espinhos

Alguma vez soubeste

Que uma lívida flor espreita

Por entre o caule da primavera?

E que da plena suspensão do pensamento

Nascem geometrias agitadas?

Ou que o peso dos beijos

Tem o encanto das pedras?

Sim...tu sabes que o escuro

É um fino ébano a agitar ilusões

Uma pequena brincadeira de cabra-cega

Que tu consomes nas noites de luar

Como se assistisses um enorme parto

De estrelas...

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