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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

O profundo choro das coisas

Crescemos com as coisas simples

Com as pequenas coisas..

Pequenos legos coloridos de emoções

Construções de lágrimas..invisibilidade

Crescemos agarrados a uma mão

A um dia...a um lugar secreto

Um lugar que nunca atraiçoamos

A um ruído intermitente de relógio

Tic-tac...tic-tac...tic-tac

Crescemos com as pupilas dilatadas pelos abraços

Perdição de pele emaranhada em arrepios

Crescemos quando o amor nos diz

Que somos o sentido da nossa vida

Crescemos sem o embaraço da filosofia

Que importa a filosofia que fala da perda e da inutilidade?

Se os nossos mais recônditos lugares

Estão cheios de ti e de mim

E se nos pânicos a nossa pele se descobre

É porque lá é o começo da poesia

Anda mais depressa..acorda a rua

Traz-me um perfume nocturno

Um abraço obsceno

Crescemos...quando sabemos que nem sempre estaremos

Que o futuro é um lugar de perdições

E que no peito...bem lá no fundo

Há um aperto...

E um estrangulamento de felicidade

Por favor

diz-me que me deixas ver o teus cabelos esbranquiçarem

Cresce comigo

Deixa que o teu sorriso venha gravado nas palavras

Respiro fundo

Hoje quero amar depressa

Amanhã... talvez me doam as costas.

Talvez sinta aquela faca a cravar-se dentro do meu peito

Mas hoje...cresce comigo

Até ao profundo choro das coisas...

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