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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

O que é que nos prende à vida?

O que é que nos prende à vida? O que é que faz arrastar  os pés pelos dias? Serão os desejos? Ou será o sabermos que nada nos pode fazer parar? Se o nosso futuro é a eternidade, que sentimento nos faz continuar a viver? Que mistério nos faz sentir que é preciso sobreviver? Somos como árvores com raízes profundamente enterradas na vida, ou como girassóis sempre na procura de uma luz que nos leve até para mais além do mistério, que afinal somos nós próprios

Viver é banal, morrer é banal, tudo não passa de uma imensa banheira cheia de banalidades e de escuridão.Escuridão que nos cega e que nos faz viver. No fundo vivemos dentro de um imenso poço, que vagueia dentro de uma imensa galáxia solitária. Vivemos num mundo de bonecas russas, esperando sempre que nos saia a última, aquela que nos vai ensinar o mistério e que também nos vai devolver à vida e à morte, porque se alguém soubesse o que é a vida, também saberia o que é a morte.

Somos a morte, somos o norte, somos dignos seres sem eira nem beira. Sempre sós.