O que não é...
Estou dentro de um ruído transparente...
Mas nenhum ruído atravessou o meu sossego
Mas uma segunda língua principiou a nascer-me
A língua transparente...
O que é meu não é meu...
Estou na parte do tempo dos que vivem envoltos em mistério
Sou o fim que nasce de um ser e faço-lhe uma festa tímida na testa
Sou a silhueta do navio do meu ir-se embora
Que toda a obscuridade seja móvel e deslize para fora do quarto
Aquele ser finito com substância infinita
Manchando o canto do tempo em que entrei
Como uma neblina densa de onde se espera que venha a luz.