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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

O que não é...

Estou dentro de um ruído transparente...

Mas nenhum ruído atravessou o meu sossego

Mas uma segunda língua principiou a nascer-me

A língua transparente...

 

O que é meu não é meu...

Estou na parte do tempo dos que vivem envoltos em mistério

Sou o fim que nasce de um ser e faço-lhe uma festa tímida na testa

Sou a silhueta do navio do meu ir-se embora

Que toda a obscuridade seja móvel e deslize para fora do quarto

Aquele ser finito com substância infinita

Manchando o canto do tempo em que entrei

Como uma neblina densa de onde se espera que venha a luz.

 

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