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folhasdeluar

Poesia e outras palavras.

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O rinoceronte de Dürer

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Esta gravura de Dürer é de um rinoceronte que D.Manuel I enviou ao papa  Leão X. O navio que o transportava teve que fazer escala em Marselha para que o rei de França, Francisco I, tivesse a oportunidade de ver tão estranho animal. A viagem acabou por correr mal e o navio afundou-se ao largo da costa italiana. Quando o animal deu à costa, D.Manuel mandou embalsamá-lo e enviou-o na mesma para Roma. Estávamos em 1515 e Portugal deslumbrava a Europa com o seu poderio naval e económico. Hoje nada nos resta,  a não ser a história, Mafra e Jerónimos. Ou como disse Eduardo Lourenço: "É pena que Freud não nos tenha conhecido: teria descoberto, ao menos, no campo da pura vontade de aparecer, um povo em que se exemplifica o sublime triunfo do prazer sobre o princípio da realidade".***

É de notar que Dürer nunca viu um rinoceronte e que esta gravura foi realizada através do relato de alguém que viu o animal.

***Citação extraída do livro Os Portugueses de Barry Hatton

 

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