O tempo das crianças...
Espraia largo as tuas águas
Rola sobre as tristezas....e fala-me do desconhecido
Não te escondas como uma pedra preciosa
Sê um arco-íris flutuando numa gravura
Uma flor aberta ao dilúvio....
E não te esqueças dos circos onde os palhaços cintilam
Tu não és uma casa de gelo...diluindo-se ao sol
Ou uma tristeza lavada pelas águas.
Na idílica paisagem..os animais caçam e matam
E as rosas ondulam na manhã...cobertas de cacimba
No mar a espuma rola como um caos
E debaixo das pontes passam navios de barro
Navios feitos de terra...a desejarem terra...fartos de mar..
Nunca construiremos nada tão maravilhoso como a ignorância das crianças
Nunca teremos o tempo das crianças...que vivem sem tempo
Isoladas e felizes na sua fantasia...