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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

O tempo não me reconhece

Nunca de mim saí... nunca me desenhei

Todas as minhas formas são presságios de sombra e de lua

Todo o meu sentir não passa de um sinal inscrito no destino

Todas a minhas palavras pertencem à mitológica sombra das verdades

Mas eu não sou mais que uma onda a aportar a uma praia deserta

Não sou mais que um penedo a apontar para a descrença dos céus

O tempo não me reconhece

As manhãs são varandas de silêncio

O tempo é um labirinto onde me perco

E a sombra que projecto nas paredes

É a única verdade de mim...