Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

O tempo não pode esperar

Tem piedade de mim veneno

Que me matas de nobres ideais

Deixa-me arder neste sufoco

De hinos saídos da boca aberta das visões

Deixa-me sonhar com crimes

Imaginar infernos...baptizar danados

Deixa-me morrer de sede

Cumprimentar bispos...engolir infortúnios

Deixa-me arder coberto por um inocente pecado

Embebedado em delícias condenadas

Que te posso pedir mais?

Talvez ...ignóbeis dias...bichanares de gatos e ratas

Infernos...infernos...

Tragam-me já todos os deliciosos infernos

Quero lançar no fogo todas as ambições

E todos os escravos

Mutilar todos os retiros espirituais

O tempo não pode esperar

E o Inverno é para engolir

 

Agora que tenho a infância coberta de erva

E os cabelos cobertos de neve

Exijo um conluio

Quero um coitadinho para mimar

E um perfume falso para ordenhar

Quero esfarelar o Bem...explicar o Mal

Beber na pia baptismal

A salvação colérica

Quero a perfeição da vergonha

E a estupidez de uma estúpida verdade

Quero calar os princípios do discernimento

Estudar a perfeição do acasalamento

Quero um oceano

Coberto por um céu insuportavelmente firme

Insuportavelmente ignóbil

Onde possa ver chamas a sair de um mutilado

Como a raiva de um falso enclausurado

Onde a justiça possa empedrar os passeios

E eu me possa calar de vergonha

Porque afinal...

Não sei o que são as leis humanas

Nem o meu corpo tem tanta sede

Que não possa passar sem água...

4 comentários

Comentar post