O tempo reveste-nos de uma bruteza que a espuma não lava...
O tempo canta-nos uma indolente ária que oscila frente aos nossos olhos
O tempo reveste-nos de uma bruteza que a espuma não lava...
Espanta-nos como se colocasse fitas incolores nas horas...
Fitas que depois temos que pintar ao nosso gosto...
E pintamo-las... muitas vezes...de uma palidez sombria
Ostentando um olhar insolente...que redemoinha sobre a desordem dos sons
Como se fossem sentimentos ébrios...necessitados de vocábulos amorosos...