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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

O teu olhar?

Gasto-me como se fosse uma nuvem

Flutuando sobre um tempo gasoso

Caminho sobre um abismo de ar sólido

Enredado na recordação do teu rosto

Visto a camisa apertada dos aflitos

Mas faltam-me os acontecimentos distantes

Sou inconcreto...sou um olhar...o teu olhar?

Não posso ser feito de serenidade

Porque carrego o tempo

Como um companheiro interdito...

Nada nasce da verdade

Assim como nada morre com a mentira

E o tempo...foi meu amigo

Contou-me o enredo de todas as farsas.

Disse-me que nada me faltaria

Na hora em que eu acreditasse nele

Disse-me que me dissolveria...literalmente

Como uma verdade escorregadia

Disse-me que as recordações

Que trago arrastadas na garganta

Seriam engolidas mal conhecesse as coisas inúteis

Nada pode ser feito de coisas inúteis

Assim como nada pode ser desfeito

Das coisas amadas...

 

Nasci de uma pequena oportunidade no tempo

Um rasgão umbilical

Uma prece feita de palavras esburacadas.

Que acontece a quem escorre pelos dias...

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