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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

O travo da morte atravessa os corpos

No apelo da luz ardem as flores

Chamas desvairadas reclinam-se nas árvores

O sabor da morte atordoa..a água é um sonho seco

O travo da morte atravessa os corpos

É o fim...é o verão..é o esquecimento dos homens

Mas há uma devassa na noite..um enumerar de árvores caídas..a pique

Na estrada derretem-se corpos e almas...rumores de outros dias

O vento inclina as chamas..acende-se nos troncos..embranquece a noite

Desliza sobre o aço e o vidro..derrete a vida indefesa

Assim se desfizeram as casas e os homens..

Assim se desfizeram no laranja esbranquiçado do fogo

Como rostos puros...ou como mãos despidas...sem força para respirar...