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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

O último rosto...

Olhar em frente...ver o que não se pode saber

Adivinhar o pouco que existe nas frestas das ruas

Tocar nas paisagens mais altas...correr.

 

É tão pouco um homem para tão grandes algemas

São tão pequenos os gestos para tão grandes silêncios

Seguir a direito...lentamente acordar o infinito

Morar onde a chuva adocica tudo o que se ama

Enquanto as pétalas das rosas ondulam mansamente na memória.

 

Atrás...a obscuridade das sombras

Em frente...os breves traços das paisagens

Tudo é...nesta densa estrada que corta a direito o coração

Gostaria de sentir o infinito a desenrolar-se sob os meus pés

Gostaria de nascer como uma criança deslumbrada

E sentir na carícia do sol...o peso esplêndido do tempo.

 

Assim...como há enganos em todos os reflexos da lua

Também o jugo das horas

Se despede dos terraços onde deposito os cansaços

Também lá afogo o meu brando triunfo das tristezas

E existo como se vivesse em mim...o primeiro passo

E o último rosto...

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