O último rosto...
Olhar em frente...ver o que não se pode saber
Adivinhar o pouco que existe nas frestas das ruas
Tocar nas paisagens mais altas...correr.
É tão pouco um homem para tão grandes algemas
São tão pequenos os gestos para tão grandes silêncios
Seguir a direito...lentamente acordar o infinito
Morar onde a chuva adocica tudo o que se ama
Enquanto as pétalas das rosas ondulam mansamente na memória.
Atrás...a obscuridade das sombras
Em frente...os breves traços das paisagens
Tudo é...nesta densa estrada que corta a direito o coração
Gostaria de sentir o infinito a desenrolar-se sob os meus pés
Gostaria de nascer como uma criança deslumbrada
E sentir na carícia do sol...o peso esplêndido do tempo.
Assim...como há enganos em todos os reflexos da lua
Também o jugo das horas
Se despede dos terraços onde deposito os cansaços
Também lá afogo o meu brando triunfo das tristezas
E existo como se vivesse em mim...o primeiro passo
E o último rosto...