Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

O vento soprava ligeiro

Crescem no meu corpo

Cheiros de outros corpos

Crescem cheiros a rosas

Tumultuosas e embriagadas

Como saudades atordoadas

Pela carnificina épica da noite

 

Crescem misteriosos e comovidos reflexos

Exaltados pela despedida

Como testemunhas da noite solene

Em que o amor se banhou em suor

 

São intervalos...campos...

Nuvens despidas de sol...

Ficaram como ansiosas e encantadas penas

Tementes do esquecimento

Ou como adorados lagos azuis

Onde mergulhámos...

 

Crescem no meu corpo

Saudades dos campos que percorremos

Dos imensos incêndios que ateámos

Das batalhas épicas

Das despedidas do sol

Das mãos e dos olhares

Desses olhares onde não havia espaço

Olhos colados com olhos...

 

Mãos febris com prazeres raivosos...insensatos

Razoáveis na sua alienação

Montámos nus a cavalo

E saudámos os carvalhos...os pinheiros...

Percorremos os plátanos...um a um

Inscrevemos lá os nossos cheiros...

Os nossos corpos eram colares de pérolas

Só faziam sentido colados...enfiados...

O vento soprava ligeiro e sem peso...

E nós... éramos apenas a emoção

Elevada às alturas cristalinas do prazer...

2 comentários

Comentar post