O véu da noite
Encerrar as contas
Procurar no tempo a eternidade
Construir breves formas
Adormecer com a carícia das borboletas
É isso que chamo...incendiar as flores
Renascer noutro caminho
Ocupar o meu espaço .
Sob um céu de luz
Os grãos de areia luzem nos sorrisos
Sob a mesma espera
Quebra-se o sol de mansinho
E os búzios falam das ondas
Como feiticeiros da extensão plana dos sonhos
Que me ligam ao mar...
Corpo a mover-se....
Pluma de pele e ossos a ressaltar nas ruas
Entrelaço a alma em amarras que invento
Despeço-me das feras que se acumulam em mim
E transcendo o impossível véu da noite.