Olha mais longe - segundo poema de Natal
Olha mais longe
Vê a alta estrela
Caminho de foz
Corredor de luz
Um tempo perfeito
Um Deus pequenino
O ritmo das ruas
As luzes de lágrimas
Pinheiro de neve
Límpido corredor
As pupilas acesas
Na pureza do céu
Um grito de Homem
Pesado...absurdo
Um grito intranquilo
O Natal é alheio
Ao negro da guerra
No jogo da penumbra
Uma esperança inteira
Num límpido destino
Numa brisa quente
Num calor de lareira
Numa paz aérea
Que algum dia virá
Tocando-nos a alma
Como uma exacta fonte
Vertendo caminhos
Junto ao coração
Das estreitas ânsias
Das mães em aflição
Onde involuntários rostos
Um dia florescerão
No berço do Menino
Tão breve tão fino
Tão cheio de mar
Tão cheio de força
No acreditar!