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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Olhar preso a ti

Nas quilhas dos navios rumorejam as águas

Por mim alastra uma incessante maresia

E das cidades emergem vozes explosivas

Fingimentos onde o corpo se apaga

Acalmados os olhos...diluída as esperanças

Resta-nos as cartilagens marinhas

E as aves selvagens.

 

Apenas quero prender a ti o meu olhar

Fingir que sou uma noite seca

Ou uma cor acetinada...

 

Nas sombras da poeira

Vejo silêncios incrustados nos gestos

Das árvores desprendem-se

Luminosos desmaios de folhas louras

Gritos de sonos ascendem aos olhares

A luz pernoita no silêncio

Os corpos secos exalam memórias

Caminhos...texturas aromáticas

Línguas estáticas desmaiam na ausência

E um grito sobe na noite

Estou feliz!

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