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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Olho o tempo

Olho o tempo

Que descansa na minha mão

Algema sem raiz...estrada sem paisagem

Metafísica do assombro

Da terra emerge um nome

Como uma planta audível

Segura de viver

Na sua longínqua fonte de imortalidade.

 

A vida jaz na indiferença

De ser apenas uma lenta passagem

Feita de sombrios intensos e de rostos ambíguos

Feita de perenes intermitências das flores

E da rijeza meteorológica das luas

Por vezes a perfeição do dia

Adormece no ventre desiludido dos poços

Assombro de infinitos...cambiante de luzes

Que afloram na paixão dos olhos

Se ao menos uma ave adormecesse nas minhas mãos

Eu acreditaria que o mundo

Não é um inexpugnável deserto de fantasia.

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